HOSPITAL VETERINÁRIO - CLÍNICA DE PEQUENOS

Nesta manhã no hospital veterinário, acompanhamos os exames de dois dos cães do Profº. Àlvaro. Primeiro, a professora Renata, que nos acompanhou naquele dia, nos ensinou uma técnica de contenção fazendo uma mordaça com um pedaço de tala. Esse primeiro procedimento é muito importante pois assegura a segurança tanto do animal quanto do profissional que está lidando com ele. Por mais "bonzinho" que o animal seja, somente o fato de estar longe de sua casa, ou seja, do lugar que ele está acostumado a viver ele pode ficar incomodado com alguma situação e acabar mordendo quem estiver perto.

O primeiro cão, da raça Border Collie, estava com um linfonodo mandibular com o tamanho alterado e para a realização do diagnóstico, foi preciso coletar uma pequena quantidade do líquido que estava dentro do linfonodo para colocar em uma lâmina histológica e realizar um exame. A título de curiosidade, os linfonodos são estruturas que pertencem ao sistema linfático do corpo. Eles são responsáveis por filtrar as substâncias que passam por esse sistema em um líquido chamado linfa. Quando algum micro-organismo, ou célula perigosa para o corpo passa por essa estrutura, é o linfonodo que faz sua remoção impedindo que se propague para o resto do corpo causando doenças. Então, quando um linfonodo está com o seu tamanho alterado, como é o caso desse paciente, significa a presença de um processo de doença no corpo.

Este cão também estava com uma ferida no cotovelo proveniente de calos de posição. Para cuidar disso foi feito somente um curativo depois de passar uma pomada apropriada.

O segundo paciente era um cão da raça Boiadeiro australiano, ele tinha uma infecção crônica nos dois ouvidos, e isso fez com que um deles ficasse completamente obstruído. Para verificar qual bactéria estaria causando essa infecção, e qual o melhor tratamento para ela, foi retirado um pouco da cera do ouvido do animal para realizar um exame. É extremamente importante que o exame seja feito nos dois ouvidos separadamente, pois a bactéria que causou essa infecção pode ser diferente para os dois ouvidos.